Quem é gestor ou líder de time sabe muito bem que uma de suas tarefas mais difíceis é justamente a tomada de decisão em desligar alguém da empresa. Isso porque, antes de qualquer coisa, somos seres humanos e acabamos nos envolvendo com as histórias das pessoas que trabalham conosco. Muitas vezes sabemos que determinado funcionário tem filhos ou é a única fonte de renda de sua família e, portanto, torna as situações de demissão ainda mais complexas.

Ainda assim, sob uma perspectiva de uma empresa, é preciso se manter atento e focar em colaboradores que performaram bem. Líderes, independente do tempo de atuação, já se encontraram com aqueles colaboradores que simplesmente não performam, ou seja, não importa o quanto você se dedique, ele não consegue entregar; ou o funcionário antigo, que concentra todas as informações da empresa; ou ainda a chegada daquele jovem agressivo, que até entrega resultados, mas tem uma relação interpessoal extremamente complicada com o time.

Para auxiliar quem está passando por situações de tomada de decisão de desligamento de um colaborador, listo abaixo três critérios:

  • Colaborador não performa porque não quer: isso acontece porque esse colaborador simplesmente não vê propósito no que faz e, portanto, não há motivação para agir. Muitas vezes essa pessoa se nega a dizer para si mesma que não quer mais aquilo em sua vida e acaba gerando mais problemas do que soluções. Nesse momento o líder deve ter um olhar atento, desligar essa pessoa e até mesmo apontar novos caminhos;
  • O colaborador não se encaixa na cultura da empresa: para ser líder, é preciso ter claro qual a cultura de sua empresa e onde se deseja chegar. Diante disso, passe a olhar cada colaborador e entender se ele tem fit com essa cultura ou planos futuros. Caso você veja alguém que realmente não se encaixa no que é importante naquele propósito, é o momento de desligá-lo;
  • Colaborador só atrapalha o time: esse é um item inegociável, pois estamos falando de caráter, valores morais. Muitas vezes existem pessoas no time que fazem fofocas, criam um ambiente tóxico e que podem, eventualmente, contaminar os outros colaboradores. Não hesite em tirar esse tipo de pessoa dos seus times;

Tirando o último caso, que é alinhado a problemas de desvio de caráter, os dois primeiros devem ser realizados com todo cuidado, carinho e acolhimento da pessoa. Afinal, sabemos que não é um momento fácil para ninguém, por isso é preciso ter o mínimo de empatia.